Foi depois do longo mergulho que decidiu
fechar as portas da casa, antes
escancaradas.
No caminho pisou com violência
nas hortências, no capim-cidreira,
em algumas outras flores do jardim
pois parecia que era assim,
algo mais sábio, ou tola prudência,
terminar o que se começa.
Cada canto do jardim destruído
cara e umbigo, fim e princípio
era a canção do desperdício:
o tempo perdido no cultivo.
Não sabia manter as flores: as comia.
Como a criança na poça de lama,
na praia, em Copacabana.
quinta-feira, 26 de março de 2009
sábado, 7 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Timming
Amor é fruto que surge no tempo certo:
quando asperezas, diferenças
são pelo tempo aparados
são pelo tempo aparados
No espaço entre o impulso e o ato:
lapidado, é amor no hiato.
E esse, o momento exato;
um lapso no julgamento,
o leve soltar das rédeas,
que junta as coisas.
Desse instante nascido é o fruto
nem sempre tão delicado quanto raro:
o amor em estado bruto.
o amor em estado bruto.
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