Foi depois do longo mergulho que decidiu
fechar as portas da casa, antes
escancaradas.
No caminho pisou com violência
nas hortências, no capim-cidreira,
em algumas outras flores do jardim
pois parecia que era assim,
algo mais sábio, ou tola prudência,
terminar o que se começa.
Cada canto do jardim destruído
cara e umbigo, fim e princípio
era a canção do desperdício:
o tempo perdido no cultivo.
Não sabia manter as flores: as comia.
Como a criança na poça de lama,
na praia, em Copacabana.
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