O poeta é um taxidermista
No eterno afã de encapsular
o presente, o que passou
pela pele pela retina.
O poeta carrega esse desejo
faca afiada, de conservar para si a eternidade
numa fração, recorte da realidade
Num trabalho hábil de reconstruir
Na rigidez branco e preto das letras
no olho de vidro do bicho empalhado
a fluidez da vida
O poeta é colecionador de borboletas
Captura a vida e a dispõe estática
pra que seja vista.
No eterno afã de encapsular
o presente, o que passou
pela pele pela retina.
O poeta carrega esse desejo
faca afiada, de conservar para si a eternidade
numa fração, recorte da realidade
Num trabalho hábil de reconstruir
Na rigidez branco e preto das letras
no olho de vidro do bicho empalhado
a fluidez da vida
O poeta é colecionador de borboletas
Captura a vida e a dispõe estática
pra que seja vista.
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