sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

sin ápice

quem conhece a memória
sabe da fábrica que de entranhas
sangue e desverdades
é tecida,

contada, recontada:
inventada
é o passado revirando
o estômago
da boca ao ventre
na vontade de ser presente
quando desejamos o futuro 

sábado, 13 de julho de 2013

sábado, 22 de junho de 2013

O poeta é um taxidermista
No eterno afã de encapsular 

o presente, o que passou 
pela pele pela retina.

O poeta carrega
esse desejo
faca afiada, de conservar para si a eternidade
numa fração, recorte da realidade

Num trabalho hábil de reconstruir
Na rigidez branco e preto das letras 

no olho de vidro do bicho empalhado
a fluidez da vida


O poeta é colecionador de borboletas
Captura a vida e a dispõe estática
pra que seja vista.

terça-feira, 12 de março de 2013

O moderno gladiador entra na arena
derruba cones, derruba o adversário
mas dispensa o troféu: 
joga o braço no rio.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

suga com os olhos
mastiga com o nariz
sente com a boca
olha com as mãos.

assim


segue o Homem em sua trajetória.

miraculoso, trágico, 
uroboros sucuri, jacaré de si.

Gone

Vão-se de Hamelin os ratos.
Vão os pés, ficam os sapatos.